Comecemos pelo princípio: os seguros de capital são, isso mesmo, o que o nome indica - uma apólice pela qual a seguradora garante aos titulares do seu direito (tomador e/ou beneficiários) um determinado capital em um determinado momento futuro.
Tem risco? O risco é muito reduzido, já que não estão (por norma) diretamente subjacentes ativos financeiros ou de outra natureza, mas sim a solvabilidade da seguradora e as suas reservas técnicas obrigatórias. As seguradoras tendem a aplicar capitais em investimentos/ativos de baixo risco, como o mercado imobiliário, títulos e obrigações soberanas, etc ...
Sobre a rentabilidade: em primeiro importa sublinhar que a rentabilidade é uma condição que pode, ou não, estar adstrita ao contrato; em segundo, que tratando-se de um muito baixo risco não se esperam rentabilidades muito elevadas; por último, que o que importa essencialmente é garantir um determinado capital futuro.
As principais caraterísticas que tornam os seguros de capital um interessante instrumento financeiro:
a) A sua previsibilidade, sabemos exatamente quanto capital garantido dispomos no final e em cada "dia de vida" do contrato;
b) A sua facilidade de mobilização (resgate), que o torna um ativo de liquidez quase imediata;
c) A sua independência face a ciclos economico-financeiros.
Algumas das principais aplicações/funções dos seguros de capital:
- Aplicação de reservas pessoais e planeamento de reforma
- Poupança regular (por ex. mensal)
- "Reservatório" de rendimentos prediais
Nas empresas:
- Excedentes e reservas de tesouraria ou estratégicas
- Planeamento de investimentos com fluxos financeiros diferidos no tempo
- Employee benefits, prémios e complementos remuneratórios
Sim, por um conjunto de características específicas, da qual sobressaem a segurança e previsibilidade, faz sentido que famílias e empresas enquadrem os seguros de capital nas suas opções de investimento e alocação de reservas.
Nuno Nogueira da Silva
(managing partner)
19.11.2021
nunonogueira@qsimples.pt
